Uno de sus poemas más conocidos es "Grito negro", toda una denuncia contra las condiciones de vida en que vivían los mozambiqueños durante los años de colonización.
Eu sou carvão!
E tu arrancas-me
brutalmente do chão
e fazes-me tua mina, patrão.
Eu sou carvão!
E tu acendes-me, patrão,
para te servir eternamente
como força motriz
mas eternamente não, patrão.
Eu sou carvão
e tenho que arder sim;
queimar tudo com a força da
minha combustão.
Eu sou carvão;
tenho que arder na exploração
arder até às cinzas da
maldição
arder vivo como alcatrão, meu irmão,
até não ser mais a tua mina, patrão.
Eu sou carvão.
Tenho que arder
Queimar tudo com o fogo da minha combustão.
Sim!
Eu sou o teu carvão, patrão.
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